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Resumo dos trabalhos

NB: Os resumos estão dispostos conforme sua ordem de apresentação no Seminário

Sessão I

         Dia: 28/09/2016

Sala: 12 - REUNI

         Horário: 14h00 às 16h00

Manuscritos setecentistas e oitocentistas: o que há neles de fenômenos linguísticos

Marcus Vinícius Pereira das Dores

Graduando em Letras – UFOP

marcusdores@hotmail.com

 

Esta comunicação tem como objetivo discutir fenômenos linguísticos que podem ser evidenciados em documentos exarados no século XVIII e XIX. Dentre os diversos documentos desses períodos, vamos apresentar dados encontrados em dois manuscritos, um eclesiástico e outro civil, respectivamente: i) Inquirição de Genere Vita et Moribus de Francisco de Paula Meireles (1779) ii) Carta de Dom Pedro I à corte (1827).

A filologia trata da língua e da cultura por meio dos textos, que estudados e editados podem tornar-se um material seguro, fidedigno para realização de posteriores consultas e estudos. Por meio da análise de documentos setecentistas e oitocentistas, diferentes questões da língua portuguesa pretérita poderão ser ponderadas, permitindo, assim, um satisfatório entendimento dos níveis gramaticais de um documento cuja língua escrita se encontra tão atrelada à língua oral.

Os documentos que apresentaremos apenas ratificarão a ideia de que documentos manuscritos são fontes riquíssimas e inesgotáveis para pesquisa. Eles são significativos para história da língua por serem datados e por trazerem registrado o local em que foram exarados. No que diz respeito aos aspectos linguísticos, esses documentos exprimem uma vasta fonte para que se desenvolvam diversas pesquisas no âmbito dos Estudos da Linguagem.

 

 

 

Lições de Paleografia pelo punho dos notários de Vila do Carmo (1722-1732)

 

Elias Theodoro Mateus

Mestrando em História – UFOP

elias.theodoro@yahoo.com.br

 

As fontes de procedência notarial têm se revelado, no âmbito da historiografia mais recente, muito pertinentes para o deslindamento dos aspectos da vida cotidiana no chamado período colonial. Em boa medida, os tabeliães foram os agentes históricos responsáveis por registrar as filigranas dos arranjos comunitários em suas notas. Contudo, antes de tais registros notariais se acomodarem criticamente em uma narrativa historiográfica, os mesmos passam por um tratamento paleográfico cauteloso. Amiúde, o punho dos notários oferece dificuldades substanciais à leitura, seja pela forma da escrita que demandava certa agilidade, seja ainda pelas características intrínsecas às estruturas linguísticas próprias da época. O objetivo deste trabalho é apresentar alguns aspectos paleográficos de dois registros notariais lavrados por tabeliães do 1º Ofício de Vila do Carmo, sendo o primeiro da autoria de Simão Neto de Carvalho e o segundo redigido por Manoel Pereira e Sousa. Através das considerações de natureza paleográfica, procuraremos traçar algumas das linhas que orientam a etapa empírica da investigação histórica.

 

 

A prática da Justiça criminal através do Rol de Culpados do Termo de Mariana (1711-1771)

Maria Gabriela Souza de Oliveira

Doutoranda – UFOP

mgabi.oliveira@gmail.com

 

O objetivo deste trabalho é apresentar uma fonte que ocupa um lugar específico dentro da prática da justiça criminal no século XVIII. Após a inquirição das testemunhas e a partir delas, o juiz compreendendo haver culpa, solicitava o registro do réu no Rol de Culpados e o obrigava a prisão e livramento, etapa na qual os advogados atuavam na acusação e na defesa das partes e o juiz proferia a sentença final. Documento essencial para a prática jurídica, o Rol de Culpados ficava sob a guarda do tabelião e nele eram anotadas todas as etapas pela qual o réu passava até a finalização do processo, sendo possível identificar por vezes as sentenças condenatórias proferidas por diferentes instâncias da justiça colonial. Propõe-se nesta comunicação apresentar minha dissertação de mestrado na qual utilizei esta documentação para análise da prática jurídica no termo de Mariana entre os anos de 1711 a 1771 como uma possibilidade de estudo para o tema da História da Justiça.

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